ROMA, 18 de dez de 2014 às 14:26
“Em quatro anos conseguimos mandar para a prisão 30 traficantes de pessoas”, expressou aos jornalistas a irmã Sharmi D'Souza, religiosa das Irmãs Catequistas de Maria Imaculada Auxiliadora (SMI), que trabalham, junto com a polícia, nos bordéis da Calcutá (Índia) libertando mulheres e meninas da escravidão sexual.
Ela, junto com outras sete religiosas, foi convidada a assistir à apresentação da Mensagem do Papa para a XLVIII Jornada Mundial da Paz (a celebrar-se neste 1° de janeiro de 2015), sobre o tema "Não mais escravos, mas irmãos", que pede a todos combater as formas modernas de escravidão.
Em declarações à imprensa em 10 de dezembro passado, a religiosa contou um fato alarmante: “Em uma só noite (conseguimos) resgatar a 37 mulheres”. Sendo uma dezena delas menores de idade.
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Conforme assinala a agência católica AICA, as irmãs acolhem as mulheres, oferecendo segurança, apoio e atenção para recomeçar com suas vidas; enquanto que as mulheres liberadas dão informação crucial à polícia, como os nomes dos exploradores e a localização dos outros bordéis.
Muitas vezes, relata a religiosa, a polícia se nega a ir com as religiosas em alguma operação porque com frequência os próprios policiais são cúmplices ou estão comprados pelos traficantes. Quando isso acontece as irmãs vão às autoridades superiores e finalmente obtêm que “eles se movimentem”, assinalou a irmã D'Souza.
“Nunca vamos sozinhas. Vamos junto com outras ONG. Mas necessitamos que nossos pastores estejam conosco, que nossos bispos e nossos sacerdotes nos apoiem, porque se eles estiverem conosco, podemos fazer ainda mais”, concluiu.